terça-feira, 24 de novembro de 2015

Amigos leitores,

Nesta última aula do semestre, realizada no dia 11 de novembro de 2015, tivemos apresentações de trabalhos, em que realizamos análise de imagens embasada na abordagem de Kress e Van Leeuwen.
Com esta teoria temos uma referência para análise de imagens, não faremos análises do nada.
A aula foi iniciada com apresentação do meu grupo (eu, Day, Juliana, Cecília e Roseane). Analisamos a capa da Revista VEJA.
Confira abaixo nossa análise completa:

Abordagem sociossemiótica para leitura de imagem
Proposta de Kress & Van Leeuwen
 



 Figura 1 – Exemplo 1

“As imagens não apenas representam o mundo, mas fazem parte dele e são construídas nele.”

“O enfoque da semiótica social da comunicação visual está na descrição dos recursos semióticos, o que pode ser dito e feito com as imagens (e outros modos de comunicação) e como o que as pessoas dizem e fazem com as imagens pode ser interpretado. (JEWITT & OYAMA, 2001, p.134)” (2015, p. 2).


Algumas informações sobre a capa e sua repercussão:

- Edição de nº 2450, publicada a 4 de novembro de 2015;
- Veja é uma revista de circulação nacional e tem fama de ser tendenciosa e manipuladora;
- A reportagem principal desta edição afirma que Lula "sempre escapou dos adversários, mas quem o está afundando agora são parentes, amigos, petistas e doadores de campanha investigados por corrupção". Os outros destaques são: "Einstein - Há 100 anos o gênio desenhou a gravidade, a mais misteriosa das forças da natureza" e "Nutrição - Comer bacon, salsicha e presunto provoca câncer? A Organização Mundial da Saúde gerou pânico ao dizer que sim";
- A capa gerou polêmica! Lula processa a Abril:
“Jornal GGN - O Instituto Lula divulgou na tarde desta quarta-feira (4) uma nota informando que o ex-presidente protocolou ontem no Foro Regional de Pinheiros (SP) uma ação de reparação por danos morais contra a editora Abril, responsável pela revista Veja. No final de semana, o semanário publicou em sua capa uma montagem de Lula com uma espécie de camisa de presidiário. Para formar as listras negras do traje, o veículo usou nomes de pessoas ligadas ao governo Lula, que viraram alvo do Ministério Público Federal e da Polícia Federal em casos como Mensalão e Lava Jato.”



Primeiras impressões, com base em informações denotativas e conotativas:

- Capa de fundo totalmente branco; destaque de cores no nome Veja (vermelho) e nas imagens presentes no canto superior, que compõem outras notícias de destaque da revista (verde, preto, azul, marrom, etc); a montagem de Lula com uma roupa que lembra a de um presidiário está ao centro; na roupa, as listras são formadas, em parte, por nomes de pessoas ligadas ao governo Lula; o rosto do ex-presidente aparenta estar abatido, triste, derrotado; as mãos dele estão fechadas, tensas; as informações que justificam a imagem de Lula aparecem ao lado esquerdo.

- Os “chaves de cadeia” que cercam Lula: Ele sempre escapou dos adversários, mas quem o está afundando agora são os parentes, amigos, petistas e doadores de campanha investigados por corrupção. - Alexandrino Alencar, Rosemary Noronha, José Dirceu, Marcos Valério, Pedro Corrêa, Léo Pinheiro, Ricardo Pessoa, Marcelo Odebrecht e José Carlos Bumlai;
- Traz o ex-presidente do Brasil e principal líder do Partido dos Trabalhadores (PT) Luiz Inácio Lula da Silva vestido numa roupa com linhas pretas e brancas que faz alusão a roupa de presidiário, além disso, a citada roupa traz escritos nomes de pessoas ligadas a Lula que se envolveram em esquemas de corrupção no Brasil (Alexandrino Alencar, Rosemary Noronha, José Dirceu, Marcos Valério, Pedro Corrêa, Léo Pinheiro, Ricardo Pessoa, Marcelo Odebrecht e José Carlos Bumlai). É perceptível que o corpo não é do ex-presidente, pois destacam braços musculosos  que remetem, possivelmente, a um biótipo de um presidiário.  É possível perceber também a alusão aos personagens “Irmãos Metralha” (ver figura 2), que formam uma quadrilha de ladrões atrapalhados das histórias em quadrinho e dos desenhos animados da Disney. O texto verbal reforça esta alusão já que induz ao leitor a pensar que “Lula” está sendo prejudicado pelas próprias “atrapalhadas” de “sua quadrilha”.


Metafunção representacional:

1.      Participantes: representados (passivos) – Lula e roupa de presidiário composta por nomes ligados ao PT* – não transacional, olhar desviado;

(*Observamos que a roupa que lula está vestindo – que remete ao vestuário do presidiário, atua de maneira significativa e decisiva nesta imagem, o que nos leva a supor que ela seja, também, um participante passivo)

1.1 Narrativa
a) Ação- atores: Lula (ator; cumpre as ações de vestir a roupa e de fechar as mãos) e roupa de presidiário (meta);
b) Reação – não transacional
c) Processo verbal – Não há. A mensagem verbal que aparece ao lado esquerdo da capa relaciona-se, obviamente, com a imagem de Lula, mas não se configura como um enunciado proferido pelo ex-presidente.
d) Processo mental- A expressão de Lula pode remeter um sentimento de tristeza, humilhação, vergonha e derrota.


Obs.: Embora tenhamos encontrado nesta imagem elementos que, potencialmente, compõem a narrativa na metafunção representacional, acreditamos que a imagem é descrita mais satisfatoriamente no tipo de representação conceitual.


1.2 Conceitual
a) Classificacional – Político (ex-presidente do Brasil), principal líder do PT, partido que governa o país;
b) Simbólico – Política, corrupção e vergonha;
c) Analítico – não há.

Metafunção composicional:   relação entre elementos da imagem.
1. Valor informativo – à esquerda há um pequeno texto, uma informação dada acerca do ex-presidente. “Os ‘chaves de cadeia’ que cercam Lula: Ele sempre escapou dos adversários, mas quem o está afundando agora são os parentes, amigos, petistas e doadores de campanha investigados por corrupção.”. No centro há a imagem do ex-presidente. O plano de destaque confere uma centralidade e os significados que por ela são produzidos. Tem-se, assim, um homem triste, envergonhado, em contraste com as imagens de Lula como militante e, posteriormente, Presidente da República.
2.  Enquadramento/moldura -  a imagem está no centro, ligada ao texto verbal    disposto à esquerda. 
3.  Saliência: a imagem que representa Lula com semblante triste é destacada na capa da revista, sendo, portanto, o ex-presidente, o participante representado mais importante no texto imagético.


Metafunção interativa: A saliência está na imagem do ex-presidente Inácio Lula da Silva, com os braços (que não parecem ser dele) apontados para baixo, com as mãos fechadas, expressão de tristeza ou vergonha, vestido com uma roupa de presidiário que contém escritos nomes de pessoas ligadas a ele que se envolveram em esquemas de corrupção, mostrando ¾ de seu corpo. Em relação ao contato, o olhar não busca interação com o leitor, pois não se forma o vetor de interação. Em relação a modalidade, a imagem aparenta ser bem real, pois dialoga com a constante realidade de corrupção no Brasil, além de que o participante (Lula) existe, é real. A perspectiva mostra um ângulo frontal, apesar do olhar está desviado.

Além do apresentado na análise, o professor acrescentou algumas questões interessantes que merecem ser mencionadas:

“Dentre os nomes que aparecem na camisa de Lula, alguns aparecem em destaque e isso foi feito de propósito para dar ênfase”.
“O processo realizado é mental, é como se a revista traduzisse (ou tentasse traduzir) uma consciência coletiva que imagina o Lula preso e condenado. Mesmo que a justiça não chegue nesse ponto.
Além da nossa apresentação, outras equipes também apresentaram e fizeram análises bem interessantes. Ver resumo das outras apresentações no blog da Flávia.
Após estas apresentações foram feitos alguns comentários por parte do professor, em que enumerei alguns mais importantes:
- É preciso assumir nosso ETHOS, ou seja, nossa identidade (professor, estudante...);
- A distância social aparece quando é estabelecida uma relação social com o leitor;
- Foi analisado um vídeo com a música “Maresia”, de Gabriel “o pensador”. Uma proposta de uma imagem em movimento;
- O fundo compõe a totalidade da imagem;
- Ainda não existem teorias maduras para analisar vídeos. Somente imagens estáticas.

Por último, saliento que a disciplina contribuiu bastante para amadurecer “meu olhar” diante da relação linguagem e tecnologia. Destaco como principal a importância do texto verbo-visual e os efeitos de sentidos que eles provocam, principalmente com o advento da tecnologia. As imagens representam muito e preciso que eduquemos nosso olhar para que possamos realizar leituras críticas delas. É preciso também levar essa criticidade na leitura das imagens para a escola, ou seja, ensinar nossos alunos a também enxergar todos os efeitos de sentidos provocados.
Convido você, leitor, a investigar mais as questões discutidas neste blog. Há urgência no desenvolvimento de pesquisas nesta área.
A aula terminou em confraternização e todos estavam felizes!

Até a próxima!
Um forte abraço!!!!




Flávia, Luiz e eu (João). Eu e Flávia somos orientandos do professor Luiz Fernando.


Olá,

A 13ª aula foi realizada no dia 4/11/2015.

O professor Luiz iniciou comentando algumas questões referentes às imagens. Ele argunetou que a imagem passou a ser estudada pela lingüística por volta  de 1996. Antes era estudada pelos pesquisadores da Semiologia.
“A imagem quando colocada num contexto  passa a ser codificada”.
Dependendo da posição onde as coisas são colocadas ele altera sua conotação.

Depois desta introdução, foi proposto que fizéssemos a análise do quadro “Mãe brincando com seu bebê”, de Carybé, a luz da abordagem semiótica de Barthes, ou seja, por camadas: sentidos denotativo e conotativo.



Cada um fez sua análise individualmente e, em seguida, as respostas foram compartilhadas, em que resultou na seguinte análise:

SENTIDO DENOTATIVO:  Uma mãe, despida, brincando com seu filho, também despido, onde ela está deitada numa cama, dentro de um quarto, que provavelmente está com a porta fechada ou eles estão a sós em casa pelo fato de está sem roupas. Eles provavelmente são pobres revelados pelo modelo do lençol. A ausência de objetos também indica pobreza. Ela está de turbante, que marca a cultura Afro. Aparenta ser solteira pelo fato de está em uma cama de solteiro.

SENTIDO CONOTATIVO: Provavelmente é uma imagem fotográfica, pois é difícil ficar muito tempo na posição que a mãe está segurando a criança. A posição das pernas forma dois triângulos que marca o equilíbrio e, principalmente, a sensualidade da mulher, marcado também pelo “pé de bailarina”. A posição dos braços e pernas apontam para o bebê, demonstrando que o bebê é o centro. A imagem não tem rosto nem órgão genital, pois não representa uma pessoa, mas uma classe. A mulher ou a cultura brasileira.

O segundo momento da aula foi marcado pela exposição da “Abordagem sociossemiótica” de  Kress & Van Leeuwen. (peguei o link no blog da Luli).
“As imagens não apenas representam o mundo, mas fazem parte dele e são construídas nele.”
A palavra chave dessa teoria é “recursos”.
A interação, citada na teoria, não necessita ser somente entre pessoas, mas também entre objetos.
Uma dica  importante para análise de imagens é verificar, primeiramente, a “saliência”, ou seja, o que mais se destaca na imagem. Ver PANOVSKY.
Devemos sair do plano do denotativo na análise das imagens.  

Esta foi nossa penúltima aula! A próxima e última faremos uma análise, em grupo, de uma capa de revista ou blog a luz da abordagem de Kress & Van Leeuwen.

Um forte abraço!




            
Boa noite, “navegadores”!

O décimo encontro foi realizado no dia vinte e sete de outubro de dois mil e quinze.
            Esta aula teve um caráter um pouco mais expositivo, em que o professor Luiz Fernando apresentou à turma três textos/aulas: “Hipertextos Multimodais – Revendo o conceito de Multimodalidade”, “Multimodalidade e Leitura de Imagens: a construção de sentidos em textos verbo-visuais” e Abordagem semiótica para leitura de imagem  -  Proposta de Roland Barthes para a análise de imagens”.
            Estes três textos são, na verdade, resenhas/aulas preparadas por Luiz Fernando com base em outros materiais.
            A partir da leitura do primeiro texto “Hipertextos Multimodais – Revendo o conceito de Multimodalidade”, podemos destacar alguns pontos importantes.
            Tudo que é posto em algum lugar é expressivo. É importante perceber o espaço topográfico que a imagem está posta na página, o tamanho...
            Mais uma vez foi argumentado que o leitor não é autônomo ao ler um hipertexto, pois através da “saliência” o produtor  do material induz a leitura.
            Fizemos uma pequena análise no site do Youtube e percebemos o quanto ele é comercial.
            De acordo com o texto, para Ted Nelson o hipertexto é não-linear, mas vale ressaltar que o “não-linear” de Ted não está associado a leitura, mas a indexação.
            Chegamos ao conceito de “Multimodalidade hipertextual”, que são as relações texto-imagem-som-gesto-espaço que ocorrem em ambientes exclusivamente digitais, por meio dos links (hipertextos)”.

            Veja o quadro conceituando cada modo de expressão citado no conceito de multimodalidade:


           Paralelo as leituras foram recomendados o acesso ao “Portal da Educação”, no youtube, e as palestras de Leandro Karnal, também no youtube.
            A partir da leitura do segundo texto “Multimodalidade e Leitura de Imagens: a construção de sentidos em textos verbo-visuais”, pudemos realizar diversas reflexões sobre os modos de representação não-verbais.
            O verbal não é só verbal e o não-verbal também não é só não-verbal. Não podemos fazer esta separação.
            A multimodalidade é um gênero hibrido e aqui a concepção de texto é ampliada.
            A concepção de imagem adotada é como “representação visual”, pois são artificialmente criadas.



            Atribuímos sentido as imagens de acordo com a nossa cultura, tanto  quem produz quanto quem ler.


                                       Todos os olhos – Capa do disco de Tom Zé.

            Um conceito importante é o de Pictorização, que, em termos simples, seria a palavra que se transforma em imagem.
            Outro conceito interessante é o de “Inscrição indicial”, ou seja, algumas coisas precisam de nomes para ser identificadas, outras não.
            Por último, o professor fez uma breve exposição do texto “Abordagem semiótica para leitura de imagem  -  Proposta de Roland Barthes para a análise de imagens”, com o objetivo que fizemos análise de algumas imagens.
            Seguindo a linha de pensamento da abordagem semiótica de Barthes podemos afirmar que normalmente  é escolhida uma imagem para representar o todo. Esta imagem passa de Denotativa  para Conotativa.
            É importante ver o valor simbólico das imagens.
            Segundo Barthes a imagem passa por uma redução.
Ao final do encontro, o professor Luiz pediu para que pesquisássemos análises dos quadros “Antropofagia” e “Abaporu”, de Tarsila do Amaral.
Próxima postagem seguimos com as analises das imagens.

Até a próxima!





            
Queridos leitores,

A 11ª aula foi realizada no dia 21 de outubro de 2015.

Finalmente conseguimos, nesta aula, fazer a apresentação das respostas das 4 perguntas do questionário que revisava as principais discussões da disciplina.
Cada equipe escolheu 1 representante para expor as respostas e eu fui o representante na minha.
Cada representante lia a resposta referente à mesma pergunta e ao final de cada questão o professor fazia comentários com participação também dos colegas.
Meu grupo foi composto por mim, Roseane, Cecília e Arly.
Esta postagem será organizada da seguinte forma:

- Questionário com as perguntas;
- Respostas do questionário;
- Comentários referentes a cada resposta.

QUESTIONÁRIO:

1- Apontem as principais semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto, dividindo-as em três aspectos: (1) sua constituição; (2) questões referentes à leitura; (3) questões referentes à sua produção para fins educacionais, tanto para o ensino quanto para a aprendizagem.

Segundo Rouet e Levonen, a usabilidade é a grande diferença entre texto e hipertexto.
Pensando nas questões referentes à sua produção para fins educacionais, podemos refletir, por exemplo, como os aspectos da textualidade funcionam no hipertexto e como funcionavam no texto. A topicidade que é virtude do texto impresso não é necessariamente um defeito no hipertexto (sua falta). A hipertextualidade é indicada no texto, já no hipertexto é “linkada”.

Texto e hipertexto: o “hiper” do hipertexto e outras questões:

Texto
Hipertexto
-unidimensional;
-as informações são obtidas em um único texto;
-as páginas são organizadas sequencialmente;
-a progressão é predefinida pelo autor;
-o leitor pode caminhar para onde quiser;
-suporte material (de certa forma, limitado);
-as expansões são secundárias.
-multidimensional;
-as informações são integradas em vários textos;
-as páginas são organizadas em rede;
-a progressão é controlada pelo usuário;
-o leitor depende da existência de links, suporte eletrônico (ilimitado);
-as expansões são centrais;
-só existe enquanto texto eletrônico.


2- Qual a relação entre internet, web e hipertexto?

Internet é a tecnologia que permite a criação de redes. Cada computador tem um endereço (protocolo TCP / IP) e se conecta a outros.
A web é um tipo de rede.
Texto virtual/digital e eletrônico não são sinônimos de hipertextos.
O leitor cria o hipertexto ao clicar nos links.

3- Quais as principais funções dos links? Dentre as funções chamadas retóricas, quais as que vocês percebem como as mais importantes ou as mais usuais?

Os links são elementos fundamentais dos hipertextos. Tem como função interconectar documentos, auxiliar o leitor a entender como o sistema hipertextual está estruturado.
A partir da função retórica, os links fazem mais do que conectar documentos de um hipertexto, exerce função retórica como: ilustrar, modificar, ampliar, restringir, aprofundar, explicar, induzir, comentar etc. A aparência é também uma função retórica dos links. Vários autores vão classificar os links de acordo com os tipos e  funções, mas atualmente temos uma grande diversidade que ainda não catalogada e aumenta a cada dia.

4- Sobre o chamados gêneros digitais, apresentem a(s) definição(ões) de gênero que perceberam ser mais produtivas para suas pesquisas/atividades com as linguagens no meio digital.  Com base nessa(s) teoria(s) façam um elenco de gêneros digitais, justificando cada um dos gêneros elencados mediante um enquadramento teórico.

Gêneros digitais são textos que têm como suporte a internet. Esses textos possuem características peculiares por permitirem não apenas a interação com textos escritos, mas também com o meio visual, auditivo e espacial. Marcuschi nomeia esses textos de gêneros emergentes, que possuem estreita ligação com gêneros textuais já existentes em outros ambientes, mas que são reconfigurados para o discurso eletrônico.

Gêneros digitais – fenômenos históricos relativamente estáveis atrelados às novas tecnologias da comunicação e pertencentes à esfera digital.

No meio digital a escrita desses gêneros tende a uma certa informalidade, menor monitoramento e cobrança, pela fluidez e pela rapidez do tempo (Marcuschi).


COMENTÁRIOS:

Questão 1:

- É importante pensar as questões cognitivas referentes a leitura de hipertextos.
- A autonomia é ilusória, pois o leitor/aluno só segue se o produtor/professor colocar links.
- Uma reflexão importante é se perguntar “Que tipos de links eu posso usar para criar materiais didáticos? Só o de expansão? Como tiro proveito dos links?
- As imagens são multiculturais, pois ela pode representar coisas diferentes em diferentes culturas.
- O hipertexto é “inclusivo”, pois favorece a acessibilidade. O texto é exclusivo.

Questão 2:

- Foi recomendada a leitura de “Wiki Leaks – Cypher Punks”, livro/filme que conta um volume de negócios.
- Foi remendado também o filme “Guerra dos mundos”, de H.G. Wells.
Foi recomendada também a leitura de “1984”.
- É ilusão crer que a internet é a salvadora da pátria.

Questão 3:

- É importante ter atenção para os links maliciosos, que também utiliza função retórica.
- Nenhum grupo mencionou o link pedagógico, que é um dos mais importantes.
- Temos que usar a tecnologia mudando o jeito de olhar para as coisas.

Questão 4:

- Brown afirma que “tudo é gênero porque tudo é relação de poder”.
- O que ensinar de gênero digital que o caracteriza como novo ou como digital?
- Devemos refletir nos gêneros não-verbais.

Foi uma revisão/discussão muito proveitosa.

Até a próxima!
Abraço!







segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Boa noite!

A décima aula foi realizada no dia catorze  outubro de dois mil e quinze.
O professor explicou como seria o cronograma da aula:

- Apresentação ainda sobre gêneros digitais;
- Apresentação das respostas do questionário referente à aula passada.

Luiz Fernando introduziu a aula refletindo sobre a mudança no conceito de hipertextos e alertou que não estão sendo desenvolvidas pesquisas na área.
Decorrente da afirmação anterior Luiz nos apresentou a ABEHTE (Associação Brasileira de Estudos de Hipertextos e Tecnologia Educacional) e através da navegação no site ele também nos apresentou títulos de pesquisas sobre hipertexto desde a criação da associação (muitos trabalhos são iniciais/elementares demonstrando a incompreensão do assunto no início das pesquisas). As pesquisas iniciais sobre hipertexto não demonstravam interesses lingüísticos. Para nós que somos lingüísticas temos que, na pesquisa, demonstrar olhar/foco na linguagem/ensino, estes tem que aparecer na frente da ferramenta tecnológica.
Após esta introdução, passamos para as apresentações que ainda restavam sobre “Gêneros digitais”.
Os textos apresentados foram: “Gêneros digitais: as TIC como possibilidades para o ensino de Língua Portuguesa” e “Gêneros textuais digitais ensino/ aprendizagem da web literatura, o caso dos weblogs”.
Decorrentes das apresentações surgiram às seguintes reflexões:

“Devemos trabalhar Gêneros Digitais no ponto de vista da relação de poder”, ou seja, do ponto de vista social. Na condição de educadores, devemos ensinar o aluno a sair da esfera onde ele se encontra. Ampliar as possibilidades.
Mais uma vez foi discutido o problema das nomenclaturas: “novo”, “contemporâneo”... O que é contemporâneo? É o intervalo entre o que ainda não chegou e o que já passou.
Outras expressões também surgiram como “letramento hipertextual” ou, numa escala maior, transletramento hipertextual.

As respostas das 4 perguntas do questionário ficou para a próxima aula e consequentemente ficará para a próxima postagem.

Até mais!